Aquele poeta se descobriu
Imerso na felicidade,
E percebeu que seus poemas
Apenas envernizavam o que na própria vida
Já brilhava por si mesmo.
Não podendo ser infeliz
Nem redundante,
Jogou fora trincha e verniz,
E não mais escreveu:
apenas viveu dali em diante.
Camille Bombois, The White Horse, óleo, 1920 |
9 comentários:
Ai que lindo, Marco!
dali em diante
dá o que pensar...
passando o bastão:
basta já não
é o bastante?
beijo real!
Lindo,cada dia aprendo contigo,maravilha
abraços GAGAU!
Uai, acabei de descobrir que prefiro versos à felicidade...se assim for...:-)
Bárbaro!
Beijos
Difícil... não sei se eu preferiria ter essa felicidade plena (se é que ela existe) ou continuar rabiscando os meus versos. Belo poema, Marcantonio. Abraços.
O Poeta há de viver
em cada listra,
uma esquina cercante.
Seguindo-te.
Um abraço!
L.I.N.D.O.
Beijo, mMrco.
Sam
deixar de escrever não pode ser igual a viver na felicidade
[pois não?]
beijinho
LauraAlberto
vou ficar aqui pensando nesses versos...
não sei como se vive sem escrever...mas talvez eu não saiba como se vive...
mais do que belo, instigante, inquietante poema, Marco.
(aliás, inquietante deveria vir no teu nome :)
um beijo pra ti
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