ADÁGIO
Permaneceram os dedos,
Frios, sem as luvas de carne.
Mais delgados,
Menos anelares,
Anulados, sem expressão
De anelo.
Foram-se os anéis
Já mais largos,
Inúteis ornatos áureos
Em ossos lustrados,
Outrora dígitos,
Agora fragmentos
Para ábaco.
8 comentários:
pretty nice blog, following :)
Pergunto-me, sempre que venho, como pode poemas assim não terem ganhado o mundo. Ando distante, mas ensaiando a volta aos blogues.
Beijos,
triste isso de desapegar....
conhecendo o seu espaço poetico.rico e sensível.o mundo precisa de muita reflexão poética.capacitar o huano para a sua sensibilidade ,creio só isso nos salvará da extinção completa(a extinção da sensibilidade).a porção animal salva-se pela expressão da sensibilidade.o mundo se coisificou;materializou ;banalizou o melhor que se perde na sisputa do vulgar.pensar é sentir profundo.mas..pouco querem.vale o vulgar.abraço
Amo essa sua precisão corrosiva.
Abraço com admiração, Marco.
Fazes falta, Marco Antônio: MUITA FALTA!!!
Um grande abraço
Áureos anéis dos desaforos.Expressão de adágio ósseo.Permanecem anelos lustrados.O que outrora foram dedos hoje estão cortados.
Áureos ossos (dinossáuricos) outrora escavados e lustrados.Fora as expressões anelares e estelares.Adágio dos desaforos permanecem nos dedos decepados.
Outrora os anelos foram lustrados.Ossos anelares e expressões áureas.Os anéis foram arrancados dos dedos.Expressão desaforada de adágio impopular.Dedos desaforados permanecem no lugar.
Anéis em dedos frios sem dígitos.Agora veste largas luvas.Fragmentos inúteis de carne (nacos).O ornato delgado do ábaco.O fedor vindo do sovaco.
Agora encontra dígitos e fragmentos de ábaco.Anéis largos,inúteis ornatos.Carne fria e luvas rasgadas.Carne no frigorífico da alma.
Ábacos inúteis e fragmentos de ornatos recicláveis.Dígitos largos agora pelos dedos de anéis dourados.Ornatos de carne (churrasco) e inútil instinto de delegado.Dedos com luvas não precisam de anéis caros.
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