Talvez,
Em dia vindouro,
Eu me renda
E queira caminhar
Cabisbaixo
Pelas pedras frias
Em torno das quais
Perfazem-se os ciclos
Rígidos da temporalidade.
Mas, por enquanto,
Ainda me rebelo:
Queria desfazer
A circunferência
Dessa coroa de espinhos
E distendê-la num fio liso
De estrada, aparada
Dos externos marcos
De quilometragem.
Adolph Gottlieb, O Rapto de Perséfone, óleo s/ tela, 1943. |
6 comentários:
eu gosto da imagem que você construiu... ou melhor, desconstruiu: de coroa de espinhos para estrada.
Eu também não me rendo, por ora.
Tá vendo só, de vez em quando domamos a preguiça e migramos lá do facebook pra cá... rsrs
beijos.
Por um momento achei que a porrada tinha sido na primeira estrofe...
Sim, enquanto houver vida, desejo, temperança, vontade.
belo, belo poema!
abraços da El
[Eliana Mora]
Estou flutuando nesse imenso azul
interminável de inspirações.
Gosto da maneira como cativa seus leitores....
abraços fraternos
sinval
Se precisar de mão de obra, já sabe :)
beijoss
Bom dia!
Quantas vezes penso em desfazer,refazer.Achei encantador o seu poema.
Grande abraço
se cuida
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