Acossado,
Não posso me afastar o suficiente
Para ver tudo, o panorama.
Ocupo estreita área
Também disputada a cotoveladas
Por mal-educadas insignificâncias.
Que fazer senão dar saltos sucessivos
Para tentar ver alguma coisa
Por sobre os ombros do nada?
Roberto Matta, To Escape The Absolute, óleo s/ tela, 1944. |
8 comentários:
Seus saltos te levam às estrelas, pelo jeito. O nada tem dessa coisa, de ser tão cheio...
Beijo.
Mas a visão, a que novos saltos obrigaria?
Excelente, amigo Marcantonio!
Você me lembrou uma entrevista de Tomie Otake, em que ela conta que, no início de carreira, quando pintava grandes telas num ateliê pequeno, precisava pular a janela para ter o campo de visão adequado...
Bom domingo de páscoa!
Abraço
Marco,
Do nada saltam palavras.
Anna Amorim
sem contar que nesse estreito campo visual, é muito particular a visão de cada um sobre o panorama... questionamento inerente que me deixou acossada também!!!
tela maravilhosa do Roberto Matta!!!
Bjos!
[também na terra, a semente foi antes apartada da grande visão do mundo; por seu desejo, no seu desejo, também se fez mundo... mesmo que mundo seja um pouco mais que nada.]
um imenso abraço, Marcantonio
Leonardo B.
"Que fazer senão dar saltos sucessivos
Para tentar ver alguma coisa
Por sobre os ombros do nada?"
Esses versos são de uma beleza inquestionável. Sua poesia traduz o cotidiano com pura arte. E as imagens/ Quanto bom gosto. Encantado com seu blog. Parabéns. Gostaria que me desses a alegria de tua presença em http://emaranhadorufiniano.blogspot.com
Seus comentarios seriam muito bem vindos. Já lhe sigo. Abrçs!!!
assim irás ver e corres o risco de voar
beijo
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