PAISAGISTA
A altura da coluna dorsal,
Por dentro,
Um jardim planejado em segredo
Entre venoso arvoredo:
Ali pulsa imponente flor central
Que gira, mas não é pelo sol
Quente:
Volta-se com paixão
Para a abóbada óssea,
Guarita do insone e cinzento
Jardineiro,
Que ilumina o horto
E dá nome aos espécimes novos
Do lírico canteiro,
Fazendo arranjos com os delírios
Dos lírios absortos,
Inocentes e propensos ao exagero.
3 comentários:
Rapaz toda vez que leio um poema seu fico abismado com tamanha inspiração.
Marcantonio,
teus poemas sempre exageram os jardins. Não sei se os habitamos ou se eles nos habitam, mas enquanto vamos lendo teus poemas, as paisagens vão se inoculando.
Abração, meu amigo!
Genialidade: não há outro nome. O poema é um afronta quase...rs...É de vísceras que valem ouro.
Beijos, Marquinho. Cadê o seu livro? E a Patuá, que está dando chances a tanta gente? Dá essa chance pra Patuá, garoto, que você é foda demais...
Postar um comentário