Neste Bestiário,
entre hárpias,
górgonas
e basiliscos,
apenas o grifo é meu.
Imagem retirada daqui
Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
ATRIBUIÇÃO
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Marcantonio
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16:57
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Nexo Explícito
DAS FUNÇÕES DA LINGUAGEM:
OFIDIÁRIO
linguagemlinguagemlinguagem
linguagem linguagemlínguagemlinguagem
linguagemlinguagemlinguagemlinguagemlinguagem
( ( linguagemlinguagemlinguagemlinguagem
linguagemlinguagemlinguagemlingugem
l-í-n-g-u-a-l-í-n-g-u-a-l-í-n-g-u-a-l-í-n-g-u-a
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linguagem
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Marcantonio
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16:25
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010
[PARA LUCAS, MEU FILHO]
Meu pequeno cavalheiro
de olhos postos
no horizonte pontilhado
chamando o dia para junto de si...
Se eu pudesse renascer,
gostaria de ser como você!
Mas, espere...
De algum modo,
nos seus desejos espontâneos
já renasci.
de olhos postos
no horizonte pontilhado
chamando o dia para junto de si...
Se eu pudesse renascer,
gostaria de ser como você!
Mas, espere...
De algum modo,
nos seus desejos espontâneos
já renasci.
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Marcantonio
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15:29
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REGISTRO
Nas minhas sandálias
a enciclopédia
dos meus caminhos.
a enciclopédia
dos meus caminhos.
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Marcantonio
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15:19
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terça-feira, 28 de setembro de 2010
JORNADA
O meu dia
é um longo silêncio de formigas trabalhando,
entrecortado
aqui e ali
por iludidos gritos
de...
EUREKA!
é um longo silêncio de formigas trabalhando,
entrecortado
aqui e ali
por iludidos gritos
de...
EUREKA!
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Marcantonio
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15:49
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REAÇÕES
A minha palavra
escrita
se enrubesce,
arqueja,
gagueja,
treme e sua
como se falasse em público.
escrita
se enrubesce,
arqueja,
gagueja,
treme e sua
como se falasse em público.
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Marcantonio
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15:35
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010
EROS E PSIQUÊ
PSIQUÊ EROS
PSIQUÊ EROS
PSIQUÊ EROS
PSIQUÊROS
QUEREMOS
PSIQUÊ EROS
PSIQUÊ EROS
PSIQUÊROS
QUEREMOS
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Marcantonio
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18:04
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A Palavra Residual
SOB A IMAGEM
Quis saber o que havia
atrás do
qua
dro
que decorava a parede:
[ ] oh!
Não era um cofre!
Apenas o silêncio
visual.
atrás do
qua
dro
que decorava a parede:
[ ] oh!
Não era um cofre!
Apenas o silêncio
visual.
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17:43
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Dionísio Abstêmio
domingo, 26 de setembro de 2010
PERSPECTIVA COM RIMA
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Marcantonio
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07:32
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sábado, 25 de setembro de 2010
FACES
O teu rosto
Tem muitas páginas.
Tem muitas páginas.
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Marcantonio
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14:46
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APRENDIZAGEM
Ainda que só,
sou co-letivo.
sou co-letivo.
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14:43
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O Ascensor do Dia
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
AQUÉM
Na cachola
dois olhos
ambiciosos,
postos de observação
de embarcações aerostáticas
e monumentalidades
que não podem ser hospedadas
na cachola pequena.
A cachola frustrada
lateja:
orgão inflamado.
Rauol Hausmann,
Cabeça Mecânica (O Espírito dos nossos Tempos), 1920.
Musée National d’Art Moderne, Centre Georges Pompidou, Paris.
dois olhos
ambiciosos,
postos de observação
de embarcações aerostáticas
e monumentalidades
que não podem ser hospedadas
na cachola pequena.
A cachola frustrada
lateja:
orgão inflamado.
Rauol Hausmann,
Cabeça Mecânica (O Espírito dos nossos Tempos), 1920.
Musée National d’Art Moderne, Centre Georges Pompidou, Paris.
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14:08
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010
REFLEXO
Nesse espelho irônico,
se olho de esguelha,
vejo as garras do mundo
puxando a minha orelha.
se olho de esguelha,
vejo as garras do mundo
puxando a minha orelha.
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Marcantonio
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14:19
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ESSE TAL TAO
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14:12
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quarta-feira, 22 de setembro de 2010
DOLCE
Olhos caramelados:
a visão atravancada
de formigas.
Algo se cristaliza,
depois se desmancha
em poeira açucarada.
a visão atravancada
de formigas.
Algo se cristaliza,
depois se desmancha
em poeira açucarada.
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Marcantonio
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12:45
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GESTALT
Ninguém nota
o dígrafo
do OlhO.
o dígrafo
do OlhO.
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12:39
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Ensaio sem Trégua
SEMITOM
Palavra com acidente:
#POESIA
#POESIA
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Marcantonio
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12:30
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A Musa
SEM TÍTULO
avenida pessoal
com (3).(½) fio.
com (3).(½) fio.
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12:19
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SINTOMA
na jugular vibrátil
o compasso 3/4
da valsa do avesso.
o compasso 3/4
da valsa do avesso.
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12:10
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APOÉTICO
POMBASombras!
arcos no ar
urbano.
vida besta
de não saber ir.
comendo migalhas
produzindo fezes.
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Marcantonio
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12:05
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terça-feira, 21 de setembro de 2010
DESORDEM
Eu tinha um caderno de versos
todo organizado e certinho.
Hoje é uma bagunça só!
Rabiscos cruzados em todos os sentidos
disputando espaço.
As palavras já não marcam hora
nem respeitam a fila.
todo organizado e certinho.
Hoje é uma bagunça só!
Rabiscos cruzados em todos os sentidos
disputando espaço.
As palavras já não marcam hora
nem respeitam a fila.
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Marcantonio
às
21:43
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Ensaio sem Trégua
PAISAGEM COM VIAJANTE
-a-
Hoje nuvens negras
Figuraram ameaças.
O vento as dissipou a tempo.
Toda nuvem escura passa.
Toda nuvem clara passa.
Não há senão lembrança
Vaga de qualquer nuvem.
Toda visão de nuvem esgarça-se.
-b-
Chove verão.
Rosto na vidraça fria.
Água cantando:
Sim não sim não sim.
-c-
Ouvido atento
Ao que a chuva dirá.
Se vier de longe
Trará notícias suas.
-d-
Van Gogh, propõe mais alto
O teu koan!
Tenho duas orelhas
E não posso ver-te.
-e-
Quando o luar se extinguiu
A vida me contou segredos:
Viver é aguardar presenças.
Um inseto se chocou contra
A lâmpada.
-f-
Tudo está brutalmente presente.
Defino isso como felicidade.
Ela, eu, eles, as coisas,
As formas, as cores e as ações.
Nada se excede
Ou sai de si mesmo
Para ocupar uma ausência.
Se isso acaso ocorre,
É um ato que termina e outro que
Começa…
-g-
Só sei fabricar imagens
Na intenção de que nelas
A poesia viva
Como um lobo que nunca vi,
Ou cante como um pássaro
Que cruza uma rua tranqüila.
-h-
O meu polegar é operoso,
Mas mudo.
Nada sabe de palavras.
-i-
A suavidade é o extremo da vida:
É a paixão que, ciente de si mesma,
Destila-se e escorre como córrego.
A brutalidade é que se represa.
-j-
Como uma gaveta
Com luz interna própria
Que é aberta ao sol
Do meio-dia
E ainda assim ilumina ao redor.
-k-
Quando uma folha cai
Ainda a vemos como árvore.
Se o vento a leva,
A árvore também se move.
Pois cada folha é toda a árvore.
-l-
Se me ouves
Enquanto falo
Tu me iluminas.
Mas se repetes
Minhas palavras,
Delas me perco.
-m-
A solidão deve ser o momento
De perceber o outro,
Jamais a ocasião de inventá-lo.
-n-
Um pássaro confidenciou à outro
Que a vida, esse momento
Entre o salto para o vôo e o pouso,
É trágica.
O outro respondeu:
-Não, a vida não é trágica,
Trágicos somos os pássaros!
E voou.
-o-
Inventar espaços próprios
É ardil da covardia:
Ser é desabrigar-se.
-p-
Tantos pássaros formam um bando.
Um só canta.
Qual foi?
Ele sabe que cantou por todos.
-q-
Pontilhões entre dois vazios
As questões que me proponho.
Desabam quando as atravesso.
Não almejo abarcar o mundo,
Quero um barco para cruzar
O meu mundano dia.
-r-
Acompanhei os movimentos do teu olhar
Inquieto
Como a pena de um sismógrafo.
Ele percorreu planícies lisas,
Quedou em vales fundos,
Cruzou cordilheiras tortas,
Planou sem rumo,
Sondou cavernas marinhas,
Levitou pelas ruas da cidade
Para, enfim, focar-se
Nos meus olhos atentos.
-s-
Borboleta sem rumo,
Inquieta, foco de sol.
Não é leve nem é pluma.
Leve é o paquiderme
Estacionado no próprio sono.
-t-
Decalquei meu gesto no gesso.
Mas, côncavo,
Ele perdeu o sentido.
O vazio tem que contornar
O gesto.
-t-1
Aos gestos barulhentos
O olhar surdo não capta.
-t-2
O olhar pode ser um gesto?
Se pode deve ser como um peixe
Que gesticula no próprio nado
Dentro do aquário.
-t-3
Enquanto procurei pelo gesto perfeito
Ele não ocorreu
Quando o esqueci e não o pretendi,
Ele surgiu do meio do meu corpo.
-u-
Depressivo por tanto pensar
Deixo, enfim, que o meu olhar
Percorra círculos
Como os ponteiros de um relógio.
Em algum ponto ele encontra
A hora da luz e pára.
-v-
Uma caixa de fósforos
Tão concretamente caixa-de-fósforos
Tão percebida como-caixa-de-fósforos
Mesmo sem estar-para-fósforos
Mesmo não-sonora-caixa-de-fósforos
Caixa-de-fósforos-vazia-de-fósforos.
-w-
Imaginamos a chuva
Assim que o vento úmido
Agita a luz do sol
Com sopros curtos reinterados.
Ela virá musicar esta tarde.
-x-
Não posso mais
Numerar os nichos vazios
Do passado,
Comunicar a presença do futuro
Na foz dos rios.
Não posso mais
Buscar o tempo oculto
Com que os profetas se embriagaram
Não, não mais!
As raízes estão agora acima do solo
E são tão banais…
[Poema composto no verão de 2009 e publicado antes em Cadernos de Arte com o título "Poemas de Fevereiro.]
Hoje nuvens negras
Figuraram ameaças.
O vento as dissipou a tempo.
Toda nuvem escura passa.
Toda nuvem clara passa.
Não há senão lembrança
Vaga de qualquer nuvem.
Toda visão de nuvem esgarça-se.
-b-
Chove verão.
Rosto na vidraça fria.
Água cantando:
Sim não sim não sim.
-c-
Ouvido atento
Ao que a chuva dirá.
Se vier de longe
Trará notícias suas.
-d-
Van Gogh, propõe mais alto
O teu koan!
Tenho duas orelhas
E não posso ver-te.
-e-
Quando o luar se extinguiu
A vida me contou segredos:
Viver é aguardar presenças.
Um inseto se chocou contra
A lâmpada.
-f-
Tudo está brutalmente presente.
Defino isso como felicidade.
Ela, eu, eles, as coisas,
As formas, as cores e as ações.
Nada se excede
Ou sai de si mesmo
Para ocupar uma ausência.
Se isso acaso ocorre,
É um ato que termina e outro que
Começa…
-g-
Só sei fabricar imagens
Na intenção de que nelas
A poesia viva
Como um lobo que nunca vi,
Ou cante como um pássaro
Que cruza uma rua tranqüila.
-h-
O meu polegar é operoso,
Mas mudo.
Nada sabe de palavras.
-i-
A suavidade é o extremo da vida:
É a paixão que, ciente de si mesma,
Destila-se e escorre como córrego.
A brutalidade é que se represa.
-j-
Como uma gaveta
Com luz interna própria
Que é aberta ao sol
Do meio-dia
E ainda assim ilumina ao redor.
-k-
Quando uma folha cai
Ainda a vemos como árvore.
Se o vento a leva,
A árvore também se move.
Pois cada folha é toda a árvore.
-l-
Se me ouves
Enquanto falo
Tu me iluminas.
Mas se repetes
Minhas palavras,
Delas me perco.
-m-
A solidão deve ser o momento
De perceber o outro,
Jamais a ocasião de inventá-lo.
-n-
Um pássaro confidenciou à outro
Que a vida, esse momento
Entre o salto para o vôo e o pouso,
É trágica.
O outro respondeu:
-Não, a vida não é trágica,
Trágicos somos os pássaros!
E voou.
-o-
Inventar espaços próprios
É ardil da covardia:
Ser é desabrigar-se.
-p-
Tantos pássaros formam um bando.
Um só canta.
Qual foi?
Ele sabe que cantou por todos.
-q-
Pontilhões entre dois vazios
As questões que me proponho.
Desabam quando as atravesso.
Não almejo abarcar o mundo,
Quero um barco para cruzar
O meu mundano dia.
-r-
Acompanhei os movimentos do teu olhar
Inquieto
Como a pena de um sismógrafo.
Ele percorreu planícies lisas,
Quedou em vales fundos,
Cruzou cordilheiras tortas,
Planou sem rumo,
Sondou cavernas marinhas,
Levitou pelas ruas da cidade
Para, enfim, focar-se
Nos meus olhos atentos.
-s-
Borboleta sem rumo,
Inquieta, foco de sol.
Não é leve nem é pluma.
Leve é o paquiderme
Estacionado no próprio sono.
-t-
Decalquei meu gesto no gesso.
Mas, côncavo,
Ele perdeu o sentido.
O vazio tem que contornar
O gesto.
-t-1
Aos gestos barulhentos
O olhar surdo não capta.
-t-2
O olhar pode ser um gesto?
Se pode deve ser como um peixe
Que gesticula no próprio nado
Dentro do aquário.
-t-3
Enquanto procurei pelo gesto perfeito
Ele não ocorreu
Quando o esqueci e não o pretendi,
Ele surgiu do meio do meu corpo.
-u-
Depressivo por tanto pensar
Deixo, enfim, que o meu olhar
Percorra círculos
Como os ponteiros de um relógio.
Em algum ponto ele encontra
A hora da luz e pára.
-v-
Uma caixa de fósforos
Tão concretamente caixa-de-fósforos
Tão percebida como-caixa-de-fósforos
Mesmo sem estar-para-fósforos
Mesmo não-sonora-caixa-de-fósforos
Caixa-de-fósforos-vazia-de-fósforos.
-w-
Imaginamos a chuva
Assim que o vento úmido
Agita a luz do sol
Com sopros curtos reinterados.
Ela virá musicar esta tarde.
-x-
Não posso mais
Numerar os nichos vazios
Do passado,
Comunicar a presença do futuro
Na foz dos rios.
Não posso mais
Buscar o tempo oculto
Com que os profetas se embriagaram
Não, não mais!
As raízes estão agora acima do solo
E são tão banais…
[Poema composto no verão de 2009 e publicado antes em Cadernos de Arte com o título "Poemas de Fevereiro.]
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Marcantonio
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19:04
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