TRANSPLANTE
A poesia é a flor doméstica
Que não está no vaso:
Alou-se ao ser cortada do galho
E fugiu para o topo frio da montanha,
Da montanha que não se ergue no vale,
Rarefeita que foi pela visão,
A visão que não se encontra nos olhos,
Mas orbitando ao redor dum músculo cardíaco
Que não pulsa no tórax original.
3 comentários:
Teria sido o que vislumbrei vagando em certa nuvem no céu daqui?
Belo poema, Marco!
Abração!
Originalíssimo o seu poema, Marcantonio. Cada coisa se dissolvendo no encontro de outra, como a harmonia da humanidade que se dissolve na arritmia das individualidades, como o descompasso dos metrônomos que se dissolve no solo final.
Belo poema, Marquinho. Te ler ainda me emudece...Tua criatividade e originalidade arrepiam sempre.
Beijos,
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