Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

terça-feira, 12 de abril de 2011

INTERIORES E VIDA SILENCIOSA (III)

4 – interior com cafeína

Na madrugada,
da xícara baça
sorvo   o   café
e    o   absolvo:
ele apenas acompanha
minha crônica ausência
                     de sonhos.


Edward Hopper,  Noctívagos,  ost,  1942

6 comentários:

Betina Moraes disse...

eu adoro o edward hopper, adoro!

e é bem assim mesmo a sensação que tenho ao ver uma obra dele, o retrato de um cotidiano intimista...

sabe que o seu verso é o quadro em si?

ficou ótimo!

um beijo.

Bípede Falante disse...

Acompanha e não adoça que o café vem sem açúcar!
Beijo

Zélia Guardiano disse...

O café, via de regra, é meu companheiro nas insônias...
Também por isso gostei tanto dos versos, além do teu selo de qualidade que trazem.
Abraço, amigo Marcantonio.

Tania regina Contreiras disse...

E o café (também ele) que me faz sonhar?

Ando sem tempo, mas te lendo. Os comentários ficam às vezes nos pensamentos.

Beijos,

Luiza Maciel Nogueira disse...

essa sensação do café tem uma contradição - mas sei que é triste

beijos

Anônimo disse...

De novo...

ah, o poeta
pq gostamos tanto?

tradução
linha frágil
tênue

e está lá

tudo que sentimos.