Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

domingo, 17 de abril de 2011

INTERIORES E VIDA SILENCIOSA (VII)

8 – interior com ausência

A cadeira
paciente,
abnegada,
mas alerta,
suporta o vão abstrato
da ausência concreta
que a faz incompleta.


Van Gogh, A Cadeira de Van Gogh, ost, 1888

4 comentários:

Quintal de Om disse...

a cadeira
de madeira
são como as pedras -
não falam
mas contam histórias.

Que beleza, esse seu jeito de dar vida ao inanimado.

Meu carinho, amigo.
Samara Bassi

Dalva M. Ferreira disse...

Alguém disse que as coisas só existem a partir do momento em que nós as vemos. Coisa de maluco.

Renata (impermeável a) disse...

gostei da sequencia de poemas....
fiquei pensando que preciso escutar um pouco mais meu silêncio e o silêncio das coisas...

Bípede Falante disse...

E já espera sentada para não cansar!
Falando sério, uma cadeira incompleta é uma cadeira sem dono, abandonada, desamparada por quem foi e não volta.
beijos