Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

segunda-feira, 18 de abril de 2011

INTERIORES E VIDA SILENCIOSA (VIII)

9 – mesa do café

Na toalha de mesa,
lisa, branca, branca,
são alvas
estampas

(marcas d’água
nesse écran)

as lembranças
da outrora feliz
manhã de amanhã.


Van Gogh, esboço em uma carta de 1888

9 comentários:

cirandeira disse...

Emocionei-me!, Marcantonio...
simples como uma lágrima que mareja
e cai, simples assim...!!!!!

um beijo

Bípede Falante disse...

Um amanhã de manhã nunca mais será o mesmo depois de você ter sacudido os farelos das nossas palavras para uma manhã de amanhãs. Nunca mais.
beijo

Quintal de Om disse...

das manchas bordadas
tipo aquarela
alinhava na toalha
da mesa, ficaram
os sonhos
e os beijinhos
embrulhados
pro futuro.
Meu carinho, amigo
Samara Bassi

João A. Quadrado disse...

[silêncio e textura, despojo

o tanto, que devagar se recolhe duma mesa, pequena tábua onde se refaz todos os dias o mundo]

um imenso abraço, Marcantonio

Leonardo B.

Cássio Amaral disse...

AAAAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUU!!!!!
Brô, vamos em frente!

Anbraço.

Cássio Amaral disse...

marco,
esqueci de dizer:


seus versos sutis parecem também somatória de haikais.

abraço.

Luiza Maciel Nogueira disse...

é difícil acompanhar a tua poesia, é tão sútil certos movimentos. Mas adoro :)

beijos

Adriana Alves disse...

Que jeito lindo de escrever. Adoro suas palavras. Adriana

Sônia Brandão disse...

No silêncio das coisas cotidianas saltam as lembranças.

bjs