Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

segunda-feira, 25 de abril de 2011

INTERIORES E VIDA SILENCIOSA (XIV)

16 – arte

Ninguém nota,
ao fundo da natureza-morta,
a nesga de janela
que descortina o prado
de onde foram colhidos
as flores e os frutos vivos,
ora congelados
no perímetro sem ar
do quadro.

Matisse, Mesa Posta (Harmonia em Vermelho), ost, 1908

11 comentários:

Luiza Maciel Nogueira disse...

:) a história do pó no pé, ninguém nota

bjs

ítalo puccini disse...

ninguém nota muita boniteza singela nessa vida, né, não?

abraços!

João A. Quadrado disse...

[é a suposta vida na natureza que não foi morta, finge oração]

um imenso abraço, Marcantonio

Leonardo B.

Anônimo disse...

Seu olhar direciona-nos à luz!

Beijo.

Daniel Andrade disse...

Cara vc já escreveu um poema ruim?

cirandeira disse...

Mas se nem percebemos o que temos
cá dentro de nós!, não é poeta?
Tão indescritível, tão inatingível,
que nos emaranhamos em nossos nós!!

um beijo

Zélia Guardiano disse...

O olhar do poeta, a desvendar ...
Lindo, meu querido Marcantonio!
Abraço.

Bípede Falante disse...

Adoro esse quadro. E não sei se percebo o que há no lado de dentro quanto mais o que há no de fora. De qualquer forma, tento :)
beijos

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Ver o que ninguém vê no trivial, no comum, desbanalizar o banal, isso não é só belo do ponto de vista artístico, mas também filosófico... :)

Tania regina Contreiras disse...

Mas te ler é aprender a olhar o que ninguém nromalmente vê...
beijos,

Rita Santana disse...

É verdade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! A natureza-morta agora fica mais viva e a vida também porque o poeta lembrou de nos lembrar que a arte precisa ser desvelada por olhos sempre atentos.Abrolhos!!!! Um beijo e obrigada pela visita no blog.