As flores de tecido plastificado
que ela insiste em conservar
– como fênix que ressurgissem
de bimestrais lavagens a seco –
têm permanência tão mais triste
do que o natural fenecimento
das flores verdadeiras:
Estas não têm tempo de acumular
Sobre a beleza urgente das pétalas
A baça pátina de gordura e poeira.
Suzanne Valadon, Vaso com Flores, 1920 |
3 comentários:
sinto o perfume das lavandas
emoldurando os tecidos
saculejando as roupas nos varais
ornamentando as lembran~cas
lavando o tempo nas memõrias escorridas...
Velhas amigas!
Meu carinho,
Samara Bassi.
havia um vaso exatamente assim na casa de minha avó, com a mesma descrição sensorial e as mesmas flores artificiais inertes.
bonito!
um beijo.
Nada mais triste do que essas flores perdidas no tempo.
bjs
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