Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

TEMPO DE EXPOSIÇÃO (68)

A BORDO

No barco singrando
A existência, oceano total.

Pelas manhãs o mesmo brado:
- Mais mar à vista do convés-quintal!

E os remos, movidos pelo sol,
Misturam naturalmente
O ar na água oscilante,
Onde brilha um convite redundante,
A ser devidamente recusado
Pela seca indiferença
Do explorador que já navega
Com naufrágio penhorado.


José Boldt, Barco 2, Tróia, 2006. (Daqui)

9 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Lindo demais, marcantonio1 Demais!!! bjs

Celso Mendes disse...

Imenso!

A dimensão do conteúdo e a perspectiva poética navegam longe, lá onde passado e o futuro se fundem num convés-quintal.

Grande abraço.

João A. Quadrado disse...

[rara a embarcação mais segura que a palavra,

ilha dos mares e terra nunca demais]

um imenso abraço, Marcantonio

LB

Noslen ed azuos disse...

marcante conjunto de poesia e imagem!

abraços
ns

Rebeca dos Anjos disse...

Da beleza do devir.

Lindo mesmo o poema.

Abs,

Anônimo disse...

Navegar é preciso.

cirandeira disse...

Que teu barco continue singrando
por oceanos desconhecidos e inexplorados, onde a beleza e a poesia tèm o seu porto garantido!

Te desejo BOAS FESTAS!
e um 2012 cheio de POESIA!!!

um beijo

Anônimo disse...

somos navegadores em naus frageis em oceanos de tempestades

abraço

LauraAlberto

Cris de Souza disse...

Oceânico!