No barco singrando
A existência, oceano total.
Pelas manhãs o mesmo brado:
- Mais mar à vista do convés-quintal!
E os remos, movidos pelo sol,
Misturam naturalmente
O ar na água oscilante,
Onde brilha um convite redundante,
A ser devidamente recusado
Pela seca indiferença
Do explorador que já navega
Com naufrágio penhorado.
José Boldt, Barco 2, Tróia, 2006. (Daqui) |
9 comentários:
Lindo demais, marcantonio1 Demais!!! bjs
Imenso!
A dimensão do conteúdo e a perspectiva poética navegam longe, lá onde passado e o futuro se fundem num convés-quintal.
Grande abraço.
[rara a embarcação mais segura que a palavra,
ilha dos mares e terra nunca demais]
um imenso abraço, Marcantonio
LB
marcante conjunto de poesia e imagem!
abraços
ns
Da beleza do devir.
Lindo mesmo o poema.
Abs,
Navegar é preciso.
Que teu barco continue singrando
por oceanos desconhecidos e inexplorados, onde a beleza e a poesia tèm o seu porto garantido!
Te desejo BOAS FESTAS!
e um 2012 cheio de POESIA!!!
um beijo
somos navegadores em naus frageis em oceanos de tempestades
abraço
LauraAlberto
Oceânico!
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