Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

sexta-feira, 15 de abril de 2011

INTERIORES E VIDA SILENCIOSA (VI)

7 – brilho*

A luz benigna
já tão fraca,
ganha vida,
dançando
distraída
sobre o
ríspido
gume
da
f
a
c
a
.


Georges Braque, Le Jour, ost.
















(*) Há uma bela variação do poema, nos comentários,
      feita por Cris de Souza, dê uma olhada.

8 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

...e a ponta afiada brilha, queima, arde...Ponta incandescente, luz que se encontra quando também dançamos no gume da faca.
Beijos, Marquinhos

Cris de Souza disse...

a luz-enigma
já tão farta,
gasta vida,
divagando
descabida
sobre o
nítido
cume
da
f
a
c
a

...

Luiza Maciel Nogueira disse...

essas imagens que você coloca sempre sintonizam tão bem com o poema! genial!
beijos

Zélia Guardiano disse...

Lindíssimo, Marcantonio!
Uma réstia de luz, uma faca afiada e você desfia essa linda meada de palavras...
Abraço.

Anônimo disse...

Marcantonio

sabe, me parece fim de noite
sabe...ainda resta algo pra acontecer...

faca
luz
ponta
e um nada

amei, pq me esfaqueou...hehehehe

Tuca Zamagna disse...

Tentei ir na onda da Cris e fazer a minha versão do poema. Não deu em boa coisa, não, Marcantonio. Tanto que vou panfletá-la pela net como sendo do Caio Abreu.

Abração

P.S. - Participemos todos desse grande mutirão pilantrópico para dobrar em poucos anos a obra do Caio e da Clarice!

Wilson Torres Nanini disse...

Rapaz, alma de azul sem fim. E que a faca nunca adoeça o que em nós seja noite dócil!

Abraços!

Quintal de Om disse...

Uauuuu!!
Que interação amis fantástica.
Nascem belezas quando se "unem-se as mãos para dizer"
meu carinho, amigo
Samara Bassi