Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

COLEÇÃO PARTICULAR (1)

CURATIVO

De que vale
Na fala bruta
E concisa,
A secreta volúpia
Da palavra ferida
Se no olvido alheio
Ela cicatriza?


Frantisek Kupka, Musique,  óleo s/ tela, 1936.

3 comentários:

Sílc disse...

Meu querido Poeta Marcantonio me identifico tanto com tua escrita. Fala bruta fere para sempre e a cicatriz também.Impossível enterrar o passado, impossível... Não devemos viver preso a ele, mas não podemos enterrá-lo jamais.
Com carinho,
Sílvia

Wilson Torres Nanini disse...

Marcantonio,

faço minhas as palavras de A. Prado: a palavra é disfarce de uma coisa mais grave.

A palvra deve ser calada, morta, mas sem inda que se cicatrize totalmente. Essa coisa grave é que deve abastecer nossa alma.

Forte abraço!

Cris de Souza disse...

vale nenhuma ruga sequer!