Tenho dúvidas
Se aqui, neste vazio
Comovido,
Já há um poema.
A simples menção
Da palavra ‘poema’
Já faz algo se agitar
Na cidadela:
São as outras palavras
Alvoroçadas;
Correm e se abrigam
Como se temessem
O dilúvio.
Dividem-se em grupos;
Formam assembléias;
Votam pela greve.
Algumas ficaram pelo chão
Se fingindo de mortas.
Mas ouço sua respiração
De covardes.
-Apareçam palavras poéticas!
Apareçam se têm entranhas,
Se tiverem coragem!
Apareçam! Covardes!
9 comentários:
Áh, com você não tem escape, Marquinho: silêncios, vazios e brancos não resistem à sua sedução de poeta e...se entregam! Muito legal....
Abraços,
Combate!
Sem trégua!
E escreve os despojos delas
...
forte abraço,
meu amigo.
como no jogo do bicho: vale o que está escrito, poema ou grito
abraço
Engraçado isso, mas encerra uma verdade. O Assis disse bem :)
Um abraço.
marco,
no seu caso, elas transparecem!
muito bom!
beijo.
é o que andam a bradar minhas línguas...
adorei, menino. vou ellenizar ;)
beijos.
Para vc elas nunca faltam =).
Beijo!
Marco, eu estava "te lendo" lá no reader e me deparei com essa obra-prima.
Ma-ra-vi-lho-so!
Bjs e inté!
levanto essa bandeira!
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