Quantos seres humanos
Neste momento
Admiram o céu azul?
Eu sou apenas mais um.
Ocorre que me faço
Decorador de exteriores
Com meu próprio interior:
Oponho ao céu
Uma moldura de janela
E pinto à volta dela
Com obscura cor,
Até onde alcance
A minha visão periférica.
Janela e parede
É este poema
Que resenha a cor azul.
E que prepotência,
Do enorme poema
Suspenso lá fora,
Recortar curta estrofe
Para afiançar
A minha abrangência!
Harry Callahan (1912-1999), Eleanor, 1948. |
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4 comentários:
O olhar além do espaço
que une extremos
ao círculo
invisível
...
forte abraço,
camarada.
Somos mais uns, a dar contornos aos ceus.
Abraço!
cada um que olha o céu, o faz de um jeito...ÚNICO! Pinturas de nossas vivências...
...e o poema lá fora, quem sabe até se molda p`ra alcançar um pouco mais por dentro da nossa janela?
;)
Lá fora, o enorme poema pesa e se exibe sem freios a todos os olhares.
Beijo, Marco.
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