Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

TEMPO DE EXPOSIÇÃO (27)

TERROR

O espelho desocupou-se de mim,
Guarda apenas a noturna evidência
De uma ausência na sala
Enquanto nele me miro
Poeta-vampiro.


Jan Saudek, Going Downtown, 1976 (Daqui)

























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10 comentários:

Lídia Borges disse...

Uma ideia do fantástico muito bem associada à multiplicidade dos símbolos literátios do espelho.
Um imagem muito apropriada a completar a mensagem.

L.B.

Anônimo disse...

Para que serve o espelho quando não olhamos para ele?

Ana Ribeiro disse...

Eu outro. Outro eu. Um eu que se apaga, mas sente-se, como um membro amputado. Aterrorizante esta constantação. Gelou-me o peito.

Marcelo Henrique Marques de Souza disse...

Belo poema. E todo bom poema é um caco que aprendeu que a cola não é a melhor solução.

Abraço

Daniela Delias disse...

Poeta querido, estou sempre por aqui...mas as palavras normalmente me fogem depois de te ler; creio que se desocupam de mim rs...belo poema!
Um beijão!

Tania regina Contreiras disse...

Eu sempre fico boba com a embriaguez do seu olha! :-)
Beijos,

Tania regina Contreiras disse...

Ah, tentei comenta no Diário, acho que não consegui...
Beijos,

Luna Sanchez disse...

Não deixa de ser uma libertação...

;)

cirandeira disse...

Em uma(!?) das inúmeras lendas que existem sobre os vampiros, é dito
que eles fogem dos espelhos, Por que será?

um beijo

Anônimo disse...

parti todos os espelhos, nenhum me devolve a minha real figura
Beijo
Laura