É certo que naufragará
A minha cabeça,
Mas já tenho um plano
Louco de evacuação:
Primeiro, salvo nos botes,
Velhos instintos de vida,
E a improvável tripulante,
Certa inocência infantil
Sem olhar de través.
O mais siga por ordem
Casual.
Até restarem no convés
A suposta comandante
Razão
E seu imediato ceticismo:
Se não se salvam
Nadando para o nada,
Que afundem coerentes
Com a embarcação.
Andreas Feininger, S. S. United States N. Y. Harbor, 1952. |
6 comentários:
dizem q a razão é burra, neste caso provado!
boa Marcantonio
ns
achar coerência na poesia é de afundar qualquer embarcação....q bonito, Marco
Adoro o humor presente nos teus poemas! Um beijo.
se der tempo, a razão... ela não tem muita utilidade, de qualquer forma.
Versos a todo vapor!
Parece que os planos mirabolantes são os mais acertados...
Beijo, meu mago*.
Planos loucos me fascinam!! :)
beijoss
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