Eu vislumbrei o oposto: apesar de em movimento, o carro é o estacionado, pois seu movimento depende de outrem, enquanto aquele que se mira no seu vidro está em movimento, embora não aparente: o próprio notar do reflexo em fuga nos carros que passam é estar em movimento.
Bem, é apenas a modesta opinião de uma contida que gostaria de se conter mais, mas que percebe o movimento e o equaciona com a vida: carros são movimentados; homens escrevem poemas (belíssimo movimento) sobre carros que devolvem-lhes, em momentos fugidios, o reflexo da face, e por isso o poema (a escrita) torna-se movimento inevitável.
4 comentários:
Lembrei das gotículas depois da chuva, que passam do para-brisa para a fresta, para o ar.
Eu vislumbrei o oposto: apesar de em movimento, o carro é o estacionado, pois seu movimento depende de outrem, enquanto aquele que se mira no seu vidro está em movimento, embora não aparente: o próprio notar do reflexo em fuga nos carros que passam é estar em movimento.
Bem, é apenas a modesta opinião de uma contida que gostaria de se conter mais, mas que percebe o movimento e o equaciona com a vida: carros são movimentados; homens escrevem poemas (belíssimo movimento) sobre carros que devolvem-lhes, em momentos fugidios, o reflexo da face, e por isso o poema (a escrita) torna-se movimento inevitável.
Abraço.
Em tempo: a imagem não poderia ser mais bonita, pelo seu poder sugestivo de tantos reflexos, e por esses tons de azul, tão belos.
Haja frota :)
Postar um comentário