Um vôo interceptado:
Tenho as costas presas
Por um visgo azul-celeste.
Não me debato.
E o sol se aproxima,
Estrela de tantas patas,
Pelos fios a leste;
Corre por eles, ouro líquido,
Ígneo sangue
Irrigando a teia.
Em breve incandescerei
Neste pouso forçado
Acima de Géia.
Fraçois Morellet, serigrafia, 1971 |
4 comentários:
Pousos forçados têm gosto de queda livre.
beijosss
Só a poesia pode expandir a teia de uma aranha e fazê-la transbordar para além do universo...
Só no poema, ou na prosa, há imagens, metáforas e outros mecanismos mentais capazes desse vôo.
Belo e intenso poema, Poeta.
im-pe-cá-vel!
beijo com toda a minha admiração.
(como filósofo és excelente poeta e vice-versa)
Boa tarde Marcantonio!
Passando para conhecer seu blog.
ostei de absolutamente tudo, deixo meu abraço e desejo uma ótima tarde!
Espero que possa vir e conhecer o Alma- meu blog!
Abraços!
Postar um comentário