Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

domingo, 23 de outubro de 2011

TEMPO DE EXPOSIÇÃO (42)

ESPAÇOS

Aberto o casulo,
Um pulo
Para o ar:

Com distendido espanto,
Agora vai ocupar
Um casulo mais amplo.

Seamus Ryan,  Nautilus.

7 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Marquinhos, esses meus casulos são intermináveis, e isso parece não ter fim. Minhas asas, sempre úmidas, anseiam pelo voo final. Genial,
Beijos,

Anônimo disse...

um casulo dentro de outro casulo, maior
estamos presos dentro de uma espiral, mesmo que gigante
abraço
LauraAlberto

há palavra disse...

Marcantonio,

por coincidência, há dois dias me deparei com uma concha do náutilo em uma exposição e, encantado, fiz várias anotações sobre seu crescimento em forma de "uma espiral logarítmica".

Nosso humano crescimento, ilógico, arrisca-se sempre a produzir essa liberdade aparente...

Abraços!

Mima disse...

Fez-me lembrar:
"Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom
Daqui não, eu vivo a vida na ilusão
Entre o chão e os ares, vou sonhando em outros ares
Vou fingindo ser o que já sou, fingindo ser o que já sou
Mesmo sem me libertar, eu vou

É, Deus, parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro
Seguro de que vale ser aqui
De que vale ser aqui onde a vida é de sonhar
Liberdade."
Marcelo Camelo

Esse seu poema me causou uma sensação muito doida, kkk. Foi mais ou menos a sensação que tenho quando uma música termina numa nota que pede outra. Fica um gostinho de... Eu mal acreditei que acabou. Um casulo mais amplo.. caramba! Eu fiquei pensando que é isso mesmo, mas... é isso mesmo? Muito bom, Marco!

Marcelo Henrique Marques de Souza disse...

Um casulo mais amplo.. bela imagem. E não é que quanto mais avançamos nas amplidões, mais chegamos perto da essência?

Abraço

Bípede Falante disse...

Putz, e não é que é sempre possível ficar pior?? :)
beijossss

Cris de Souza disse...

Deu-dó-dele*