Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

TEMPO DE EXPOSIÇÃO (43)

EXPEDIÇÃO

Eventualmente, para encontrar poesia,
Degreda-te a ti mesmo.
Segue para ilhas desconhecidas
No arquipélago conhecido
De teu pacífico coração.

E não leves a bússola invisível da morte
Cuja agulha tresloucada rodopia
Na palma da tua mão.


Robert Capa (1913-1954), Débarquement - Omaha Beach, 1944.

8 comentários:

Anônimo disse...

Eventualmente parto para dentro e me afogo nas águas turbulentas da depressão, onde não há poesia possível.

Állyssen disse...

Adoro bússolas... a ideia que elas trazem... =)

Beijo.

Álly

Bípede Falante disse...

Marcantonio, dói decifrar esse mapa. Mas ele está tão tão certo!
beijoss

Tania regina Contreiras disse...

Há sempre um rito que antecede a poesia. Tantas vezes invisível, ele sempre está lá. É preciso ir, às vezes, ao seu encontro; às vezes é imprescindível FICAR e enxergar ela aqui...
Beijos,

Andrea de Godoy Neto disse...

Marco, eu encontro poesia aqui, da melhor qualidade. Gosto das viagens que descartam bússolas...talvez por não saber ter um norte.

beijo, poeta!

Dario B. disse...

Tens razão, poeta. Se queres a poesia, esquece a bússola, ela tem seu próprio Norte. Forte abraço.

Ana Ribeiro disse...

Sem Norte, eu.
Um abraço da
Ana

Cris de Souza disse...

Eis o mapa do tesouro!?!