Aquietado
Pela salmodia das ondas,
Apenas olho o céu nublado,
E o mar hoje gris.
Nesta contemplação
Sem espera,
Esse ser de falésia,
Haveria algo
Do estar feliz?
A minha alma,
Um quadro neutro,
E o vento que nele escreve
Qualquer destino,
O giz.
José Boldt, Praia, Santa Cruz, 2005 (blog de Boldt, aqui) |
4 comentários:
um quadro neutro não é um quadro em branco e um quadro em branco não é um quadro negro em todos os sentidos rsrsr
falando sério, que, de vez em quando, falo sério, gosto muito desse poema porque a gente quer oferecer a alma ao destino, quer que ele a leve, mas ele não aceita, o danado, não aceita e nos engana fingindo que existe.
beijosss :)
Na falta de cor da espera, cabe a paz branca do giz.
Bonito, bonito!
Abs
Acho que eu nunca disse que acho o seu blog, esteticamente, raríssimo. É muito bonito e diferente.
beijos
Esse é o azul pra lá de temporário!
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