Ainda não vejo a beira do mar,
Mas a maresia vem me saudar
Com suas asas odorantes, altas.
Estar em casa... É de marejar:
Ondas antigas
Já quebram nas minhas pálpebras.
Carlos Cruz-Diez, Composição, gravura, (imagem Daqui) |
Sobre Cruz-Diez: http://www.cruz-diezfoundation.org/en/foundation.html
9 comentários:
Asas de ar e de mar... as palavras se quebram também nas minhas (pálpebras).
é quando as lembranças são aromas que os olhos enxergam sem ver, pelo tato da brisa.
grande abraço, poeta!
Marcantonio, "um pessimista esperançoso". Gostei do perfil e de tudo aqui. Vi você lá na nossa amiga Cirandeira e quis te conhecer.
Valeu a pena!
Abração apertado!!!
Marcantonio,
essa discussão se existe a coisa em si mesma parece-me que recebeu um rótulo: realismo (seja em filosofia ou em literatura).
Mas... concordo contigo, Poeta: derrama-se sobre a coisa o seu entorno, a sua circum-stantia, o seu presente histórico e intra-histórico, a sua biografia, a sua função dentro da vida, enfim.
E mais: não há o eu sem as coisas (idealismo), nem as coisas sem o eu (realismo). Os dois coabitam em amistoso "contubérnio", como diria um outro...rsrsrs
Fico agradecido com tuas palavras, lá no meu laboratório chamado Eu-lírico. Elas me animam e me instigam ao trabalho.
Foi um prazer imenso ter conhecido teu trabalho. E agradeço isso à Tania Regina Contreras.
Grato, muito grato, Poeta.
(a propósito, li em tua entrevista no Roxo, que te consideras um autodidata. Também sou. Bibliodidata, eu diria. Estamos no mesmo mar, dando braçadas semelhantes, diante da imensa massa aquática de informações... Naveguemos!)
Com um abraço fraterno,
Luiz Eurico de Melo Neto
No ar inventa as ondas, seu vai e vém, com as rimas em AR. Ficaram perfeitas...
Mais perfeito ficou o quebra-mar, dos versos finais.
A forma sustenta o conteúdo, permitindo a persistência "visual", que está implícita na imagem do post.
No entanto, o que mais me instigou no poemeto, foi a questão da memória. A memória em ondas, em ondas pretéritas.
Belíssimo, o poema. Tratado pelo artista que conhece o fundo e a superfície da coisa escrita.
Abraço fraterno, Poeta.
Lindo, tocante e redondo.
A imagem é uma verdade e uma beleza.
Beijo, Marco.
Quando o vento quer o odor sempre chega primeiro. Abraços, grande poeta.
gostei demais dessa ondulação nos olhos, tocante Marco, beijos!
Me lembrei do 'Cais Absoluto' do Pessoa. Mais um ótimo poema.
Abraço
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