Como se folgassem de seu fado;
como se pausassem, barcos ancorados;
como se, soldados, acampassem ciganos;
como no banho de sol dos encarcerados,
ali esquecidos, desvinculados no espaço,
numa trégua da própria precisão,
o compasso, a régua e o esquadro.
Marcantonio, Melancolia 9 - Ângulos - Técnica mista |
6 comentários:
"numa trégua da própria precisão"
o retângulo de ouro está se remoendo de inveja...
abraços meu caro.
a viagem é sublime
...
forte abraço,
camarada.
Marcantonio,
Precisa e necessária trégua!
Pausei para ler teus versos. Também na minha rotina se fez pausa.
Abraço!
Marlene
belíssima obra Marco, belíssima. Essa "melancolia" sugere cantos sombrios de nossos baús escondidos num oceano por aí. MAgnífico.
BJs
cara,
tô lendo uns poemas do Chacal e é por isso a "desgraça" não para quieta. Ainda não está do jeito que eu quero...
A Graça é fictícia, mas bem que eu conheço umas outras que não são lá de poesia mesmo.
abração!
Sempre muito necessária essa "trégua da própria precisão". Os objetos são como os poemas, e nada prova mais isso que esse poema.
Beijo beijo.
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