Há pouco eu era criança,
e eram enormes as salas,
naves;
estradas, os corredores;
eram coliseus os interiores
onde reinavam
os meus sonhos
em miniaturas.
De súbito me expandi,
cresceram-me o crânio,
o tórax, os braços,
ou contraiu-se o espaço,
ocupou-se o vão e a folga:
em claustrofóbica ruína,
tenho os sonhos oprimidos
pela arquitetura.
Magritte, L' Anniversaire, 1959 |
4 comentários:
Como diria o outro poeta: o tempo não para!
Eu achava tudo tão grande, agora me acho tão pequena.
Sensível, lindo poema.
Muito bom, Marco! Que abordagem, hein?! ;)
Beijos
Era criança e levei uma surra. Não revidei porque também já era adulta.
Bjs
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