Em caixas de papelão, empoeiradas,
com um barbante sujo amarradas,
guardo todas as teorias sobre o mundo:
as mesmas que se repetem, reeditadas.
Sobre elas deixo uma caixa não selada,
metade cheia, metade sempre vazia,
com um cheiro de delituosa virgindade:
é a caixa da poesia.
Antoni Tàpies, Composição, 1996 |
15 comentários:
Lindo!
a caixa da poesia Marco, deixa eu soprar uns versos falhados aí? ;)
bjs
É essa metade sempre vazia que, paradoxalmente, contém a essência da vida...
Definitivamente um belo poema.
abraço.
Sobre todas as teorias,
a lâmpada pura da poesia.
bjs
Divino!
bj
Rossana
Que delícia de poema, Marquinho! Metade cheia, metade vazia: essa é mesmo uma caixa de poesia...
Beijos,
gozei!
que poema saboroso, sonoro, sugestivo e o final encaixou direitinho, viu.
bitoquinha.
Que fique assim,
metade vazia,
lugar cativo para tua poesia!
Abraço, Marcantonio!
Marlene
A caixa da poesia:sempre renovada e
cheia de surpresas. A mais valiosa
de todas!
Beijos
Caixa rara. Quero tanto ter uma. Mas ninguém dá, ninguém vende e é tão difícil construir uma!!
beijos :)
Bacana isso. Me lembrou uma frase do Canetti: "se um poeta não disse, não aconteceu".
Todo poema verdadeiro é sempre um delito, sem dúvida.
que lindo...
senti o hálito vurgem do encanto à poesia.
bjsmeus
Imagino sempre o que está por vir e assim sendo, a tampa já começa a perder a função. Apenas a caixa e suas ilusões do que guardam ou deixam sair...
bacio
Essa sua caixa sempre se renovando! Bom para nós! =)
cara esse poema é nota 1.000, pode publicar um livro que eu compro =]
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