Sob a pele da sua face
Como um espantalho
Que pelo trigal
Disparasse.
Fogem as aves:
Os corvos soturnos,
As gralhas-censura,
O pássaro-disfarce.
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| Velázquez, O Triufo de Baco (detalhe), OST, 1628 |
domingo, 27 de fevereiro de 2011
ROSTOS - MODOS DE CRIAR RETRATOS (37)
O vinho corre
Sob a pele da sua face
Como um espantalho
Que pelo trigal
Disparasse.
Fogem as aves:
Os corvos soturnos,
As gralhas-censura,
O pássaro-disfarce.
Sob a pele da sua face
Como um espantalho
Que pelo trigal
Disparasse.
Fogem as aves:
Os corvos soturnos,
As gralhas-censura,
O pássaro-disfarce.
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5 comentários:
É melhor que escapem antes que o vinho os mate!
bjs
A palavra nos permite tudo. Com ela afugentamos o espantalho, que afugenta a grava, que afugenta nossos medos. Belo poema. Bom final de domingo.
Fogem as aves e sobrevoam as letras em sorrisos felizes!
Beijos
espantalho, trigal, corvos - sobrevejo
abraço
Das artes do vinho, perfeito.
O clima geral lembra o holandês - esses corvos, esses trigais.
Beijo.
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