36 – Natureza-morta com transfiguração
O brilho no côncavo da xícara
traz ao meu silêncio uma interjeição:
ah!
Era a meia-lua há pouco eclipsada
que agora esplende um vazio
cheio de luz perolada,
e apenas não retornará ao céu
porque só lhe restou uma asa.
10 comentários:
essa transfiguração é incrível! vi claramente o que propôs...
beijo, meu mago.
a outra asa é vossa
do vosso mágico olhar
...
forte abraço,
camarada.
Eu já vi xícaras voando... Que série, Marco! Esse teu olhar lúcido sobre tudo me impressiona. Mesmo quando delira... :) Beijo!
e desasada, quebrou-se.Ah, q lindo.
Oi Marco!
Vida difícil a de fumante hoje em dia, né? rsrsrs
Gostei muito do poema. Talento difícil de descrever! Admiro a abstração da poesia... eu fico só na prosa!
Obrigada pela visita
Abraços, Luciana
Mas a luz preencheu o vazio do poeta que alçou um belíssimo voo
pela asa que restou... Essa "Natureza" tornou-se muito mais bela através do teu olhar!
Beijos
Se os pintores que vc escolhe para combinar esses seus versos com as telas pudessem lê-lo, se esforçariam mais, intimidados por ti.
Cada construção mais linda que a outra, a pintura sorri!
Ou...
Chispa da tua luz, poeta,
no côncavo da xícara espelhado...
Abraço!
Marlene
Confesso estar boquiaberta, imersa num vôo para muito além de mim. Impressionou-me.
bacio
Muito bom! Delicioso.
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