É também uma forma de paisagem,
O ciclo aéreo de águas
Que une o céu dos teus olhos à terra:
A atmosfera interna
Cumula de orvalho
As tuas pálpebras.
Uma nascente se expandirá
Sobre a aridez da tua face?
Na areia ardendo em sede,
Esse rio não consumaria
Trajeto fecundo
A ponto de irrigar florações
Que recolhessem o orvalho
Externo.
A dor não muda o teu retrato
Fundamentalmente.
11 comentários:
Magnífica a forma como você cria retratos.
Abraço.
Será o choro uma chuva e o suor uma geada?
a dor não muda - quase nada talvez
mas a atmosfera, a areia, o rio e até as florações sabem, sentem essa presença
beijos
Ah, a areia ardendo de sede, eu não sonhava que havia sede ali, mas há, há sim...
Os blogues se dividem entre antes e depois do azul...que é mesmo temporário por quê???? Espero que até mude de cor, mas sem deixar de ser esse azul.
Beijos
Resta apenas uma coivara para o fogo também se fazer presente nessa valsa. Muito bom, meu caro!
Abraços,
Caju.
Esses teus retratos me encantam, Marcantonio!
Nenhuma pincelada vã...
Paleta rica!
Grande abaço da
Zélia
O último verso...dói!
Marcantonio.... respondi pra vc lá no blog.
Bem, que longínquo se torna o olhar quando encontramos num rosto as paisagens de uma vida. Mas será a nossa vida, ou será a do rosto olhado?
Vc me emociona, poeta!
os vales que marcam o rosto no choro,
são vales de orvalho no teu retrato.
lindíssimo!
marcante, dá nó em ruga.
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