Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

segunda-feira, 21 de março de 2011

QUINZE PAISAGENS COM SOL, QUINZE COM LUA (16)

Da paisagem diurna retiro
o que fazer;
o que vestir;
o que comer;
o que pensar;
e a quem amar.

Então, sobrevém a noite
que cerra sobre mim
as pálpebras
como grande pinça
e me retira da paisagem.


5 comentários:

Quintal de Om disse...

mas eu me atiro nesse embrulho matinal
nesse deseperado que nada espera de buscar
na noite
um punhado de estrelas pra me colorir de azul
a tez esbranquiçada de luz
e de esquecimento
pra tomar meu rumo.

Que belo, Marcantonio. Belo.

meu beijo

Tamiris Mend. disse...

Um tanto, que canto não importa...
Adorei seus posts, escritos com precisão.

dade amorim disse...

Como sempre, um bom poema.
Parabéns pelo Dia, mil poemas vindo por aí para nossa alegria.
Dá uma espiada lá no mea culpa, no Umbigo. Bem feito. Por que ainda acredito nas pessoas no Brasil?

Beijo.

nydia bonetti disse...

É só fechar os olhos, Marco. E sonhar que é dia outra vez. E ainda podemos inverter cores, pessoas, palavras, tudo. São infinitas as possibilidades. Ah... você sabe disso melhor do que eu.Poeta e artista - sabe tão bem das tintas, das texturas e dos tons, com que são feitos os delírios. :) beijos!

Anônimo disse...

E então vc vai lá fazer arte, nas paisagens dos seus sonhos.