Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

sábado, 26 de março de 2011

QUINZE PAISAGENS COM SOL, QUINZE COM LUA (21)

Atol frígido
ainda não submerso no azul,
o que faz esse resíduo de lua
no céu da sediça manhã?

Breve remanescer
que me espanta:
analogia esférica
da minha tênue fé.

O sol alto a ignora.


















Marcantonio

6 comentários:

Eleonora Marino Duarte disse...

eu a vi também! e como é dia ela se coloca de cabeça para baixo, talvez para chamar atenção... ou fingir-se de outra para não ter que ir com a noite...


o branco total foi grande ideia!!!!


beijos.

Blog do Akira disse...

Saí lá fora na esperança de ver a lua e nem sinal dela, nenhum resíduo no céu de Sampa. Breu puro lá fora, um abraço.

Luiza Maciel Nogueira disse...

taí submerso em poesia...

beijos!

cirandeira disse...

Quem sabe estava à espera do poeta...! Quem sabe?

beijo

Quintal de Om disse...

foi a minha espera
daquela azul de anoitecer
daquela fresta incandescente
daquele instante enluarado
foi!
um certo azul encobreado
um certo ouro
acizentado
um chão pisado
de pó de estrelas.

Que belo Marcantonio.
Sempre me surpreendo ao pisar em teu chão.
Me cativa.

Meu beijo...
Samara.

Sônia Brandão disse...

A lua resiste, persiste. O sol a ignora, mas o poeta não.

bjs