Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

domingo, 27 de março de 2011

QUINZE PAISAGENS COM SOL, QUINZE COM LUA (22)

O poema
(o meu - que sei do teu?)
não é senão outro
satélite esférico,
tondo teleférico
nas órbitas espiraladas
da noite.

De arrogante cegueira
astronômica,
ignorante da luz
que reflete.














Marcantonio

6 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Bravo, Marcantonio!
Bravo!
Abraço, querido.

betina moraes disse...

marco,

sim, pode ser, mas é um dos satélites mais brilhantes!

beijo.

Cris de Souza disse...

tão, tão, tão brilhante que chega a ofuscar...

beijo, mago!

S. disse...

refletir é poder.
beijos

Wilden Barreiro disse...

ignorar a luz é essencial. o que seria dos planetas e satélites se as estrelas refletissem?

o pior cego é aquele que apalpa. o melhor, aquele que finge que não vê. como eu, que finjo não ver que esta e outras ilustrações suas de fundo escuro são sob encomenda pro meu blog. penso que será quase justo surrupiá-las, agora que me tornei um 'diarista azul' - ou um 'extrovertido temporário'.

abraço

ps - acabei de perder mais de meia hora fazendo uma ilustração prum troço que vou postar. só não digo que é quase igual a esta porque a minha competência desenhando é microscópica.

ítalo puccini disse...

muito bom o teu poema (que sei do meu?) marcantonio, rsrs.

abraços!