Não é o esqueleto da figura,
Não é osso que subjaz à expressão.
O esboço
Não é um puçá que captura
O peixe na superfície muda da feição.
O esboço
Não é caligrafia exata e pura
Do que diz o olho à perícia da mão.
O esboço
Pode ser corte fundo, cesura
Transpassando a compostura
Faceta que oculta a humana condição.
Van Gogh, Sorrow, desenho |
8 comentários:
é a entrelinha.
muito bom!
abraços.
marco,
estive distante, comprometida com um novo trabalho (aliás, vou gostar bastante se, na devida oportunidade, puder contar com as suas avaliações no novo empreendimento!), mas sem deixar de avaliar o que estou perdendo de leitura nos blogs que sigo... acostumei com o seu trabalho e gosto de participar com constância.
trabalhei como modelo vivo na escola de belas artes da ufrj aqui no rio, e estando modelo sem nunca deixar de estar escritora, curiosamente tinha um pensamento muito próximo do seu poema com relação aos esboços feitos pelos alunos em aula.
ótimo verso!
um beijo.
que legal, não conhecia esse desenho. Seu poema retrata bem o retrato, em seus movimentos.
Beijos!
esb(ó)ço, esb(ô)ço
abraço
e quantas vezes é no esboço
a completa necessidade
...
forte abraço,
meu irmão.
Hoje minha aula foi sobre linha e eu falava falava... mas falaram melhor... algo como... possibilidades que pode se desistir. Eu gostei.
gosto de vc.
"oh scrittore, con quali lettere scriverai tu con tal perfezione la intera figurazione qual fa qui il disegno?" da vinci
Marco, como escritor e desenhista que é, deve saber a resposta. :)
beijo!
Quantas vezes ele é o definitivo...
Beijo!
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