É tanto o que não vejo
A despeito do ensejo
De olhar.
Só perceberei perfiladas
As duas faces da moeda
Se, no espelho, uma delas
Desvalorizar.
Doutro modo,
Serão perfis alternados,
Visão bipolar;
Ou unidos, e presumidos
Na espessura,
Sem feição, cara ou coroa.
Sem figura.
Escher, Fita de Moebius I, xilogravura em 3 cores, 1961 |
6 comentários:
Tão bonito isso...me fez pensar em vários lances da psicanálise...
Bjo, Marquinho.
Marco,
com toda complexidade e simplicidade que há, teu poema é canção.
E você foi cruel consigo, poeta,
ao ilustrar seu poema com a obra de Escher e o fantasma de Lacan, você fragmentou os sentidos como luz em prisma.
Ah! o mundo inteiro é bipolar. (ou seria multipolar?)
bjos
Não sei. Se entendi, entendi que a união faz a perda. Que provocativo poema! Vou ter de pensar e não vai ser pouco :)
beijoss
↓
B.ELO.timo!
:(:
ô coroa, tá na cara o símbolo!?!
O melhor é o que não vemos.. o devir do a ver, (há)ver..
Abraço
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