Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

sábado, 20 de agosto de 2011

PROVAS DO ARTISTA (53)

A VIDA

Vi nuvens negras
Apressadas,
Como que atrasadas
Para um encontro
Comigo
Noutro lugar.

No entanto,
Não ventava...

E havia luar!


Mario Gruber, Idílio na Noite, gravura em metal, 1963



















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7 comentários:

Anônimo disse...

E havia luar!

Lucia Alfaya disse...

E era lua cheia!

marlene edir severino disse...

Na carona
da nuvem
Ou deixar que se vá

Abraço!

Marlene

Anônimo disse...

Imagino os desenhos que essas nuvens amontoavam.

Muito bonito, Marcantonio.

Tania regina Contreiras disse...

Te leio e lembro, muitas vezes, de Clarice: "O que eu digo continua....". Termino o poema e continua o delírio. Aliás, cheguei a pensar por um tempo que não saberia mais delirar, e faltava-me ar...Te ler me conforta, embora inquiete. Não sei, acho que sem inquietação me sinto desolada. Mas, enfim, teus poemas me atiram no abismo, e é na queda vertiginosa o meu lugar mais seguro.É caindo que me sinto amparada. É sem tocar no chão que encontro meu solo.
Beijos,
Tania

Adriana Riess Karnal disse...

uma lua fala...belo/belo

Celso Mendes disse...

enquanto há luar, enaquanto há luz cortando mensamente a noite, há poesia e vida.

abraço.