se chame chuveiro.
Ele não é uma nuvem.
No banho, essa chuva
lava de mim resíduos incômodos:
o suor da noite
e restos de sono.
Olhando ilhas de espuma
correrem pelo chão,
correrem pelo chão,
pensei no quanto de nós
escapa pelos ralos.
Faixas de céu vistas pelo basculante
me fizeram lembrar que muitas nuvens
também descem pelos bueiros
ao subterrâneo.
Lembrei de Perséfone
e suas temporadas no Hades.
6 comentários:
A cada um de nós toca seu Hades.
Beijo, Marco.
O que vai dos nosso restos para o Hades são os rastros das forças que temos.
lembrei que nada sei, mas isso é outro papo...
beijo, criatura mágica!
Lindo e filosófico...
Adorei, Marcantonio!
Abraço bem forte da
Zélia
marco,
um festival de metáforas!
a imagem das "ilhas de espuma" é tão perfeita que acabo de vê-las na lembrança dos banhos.
muito bom!
abraços.
Vá lá: www.ninguemficousabedo.blogspot.com
Beijinhos
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