Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

INDÍCIOS

No denso céu dos teus olhos
ainda não pude distinguir
se as nuvens estão passando
ou se conseguiste ancorá-las.

Mas nas pálpebras inferiores
há duas pistas úmidas
impróprias para decolagem.

10 comentários:

João A. Quadrado disse...

[duas pistas geladas, que aguardam as águas salgadas da alma]

um imenso abraço, Marcantonio

Leonardo B.

Anônimo disse...

Assim vc acaba comigo, poeta, um melhor que o outro aqui!

Sueli Maia (Mai) disse...

Eram indícios de um olhar atlântico....
o último verso ficou no angar dos meus dentes quando eu abri um sorriso.

abraços

Luciana Nepomuceno disse...

E há sempre chance que alguém dê nome ao que nos assalta, mesmo sem saber...grata por este belo intervalo no meu dia.

Eleonora Marino Duarte disse...

marco,

muito bonito! principalmente por deixar aberto os olhos!


abraços.

Bípede Falante disse...

meu avião despencou em queda livre, me chamou de kamikaze e nem quis saber se eu tinha olhos, mas eu tinha, densos como um céu pintados de impróprias nuvens

Ana Lucia Franco disse...

Marco, para escrever um poema desses o que estão abertos são os olhos da alma.

bjs.

Unknown disse...

de ficar aterrisado,

abraço

Dario B. disse...

Com o céu sem nuvens e pistas secas é que não se deve mesmo partir. Forte abraço.

Cris de Souza disse...

derrapar pode ser divertido...

maravilha, mago!