Sem eixo de rodas,
Sem corrente elétrica.
Um caminho coberto
Por seixos antigos, partidos,
Que rosnem sob meus pés.
E um rio, recorte irregular,
Cantando
Entre dois planos com odor
Absoluto de terra.
Ali perdido, aguardarei saber
Se a civilização terá me seguido.
Caspar David Friedrich, Wanderer above the Sea of Fog |
5 comentários:
seria como fazer a volta no ciclo da existência.
bonito, marco.
abraço.
Ah, eu ando procurando MUITO esse lugar primitivo!
Beijo, Marquinho
caminhando com o poema foi possível. Portanto há este lugar.
P.S.
1 - aqui onde moro ainda há uns cntinhos assim, intocados de mansuetude e imensidão. Nesses lugares o silêncio ecoa com o barulho das águas, dos pássaros, do vento...
2 - Teu poema se impôs como uma espécie de exercício
desde os primórdios, né?
Adorei os seixos rosnando! Você...
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