O meu rosto queima-se,
chama branca,
no espelho.
Ao fundo,
o reflexo de uma janela
(espelho dentro de espelho)
por onde a paisagem entra
no incêndio prateado.
Somente há viva cor
em dois círculos castanhos,
semi-foscos,
do centro dos quais
um vulto geminado,
estranhamente,
não grita por socorro.
Por trás dele
a mesma janela,
agora reflexo insignificante
de qualquer paisagem
externa ao espelho.
3 comentários:
do outro lado da janela, no lado de fora de uma gaiola, em qualquer ponto da paisagem, o espelho fica mais perto da luz e reflete melhor o que lhe mostram.
bjs.
Belo, belo, Marquinho...Poema de fundo de olhos!
beijos,
Marcantônio,
ameop odahlepse...quem é o vulto?
normalmente somos nós...lindo!
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