desmontar os meus brinquedos,
buscando entrever
o misterioso coração da alegria.
Adulto, ainda permaneço
infantil anatomista,
tentando entender
como se oxigenam as células
das palavras
sem corrente sanguínea.
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| Pieter Brueghel, Jogos Infantis, 1560 |
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
DESCONSTRUÇÃO
Menino, eu costumava
desmontar os meus brinquedos,
buscando entrever
o misterioso coração da alegria.
Adulto, ainda permaneço
infantil anatomista,
tentando entender
como se oxigenam as células
das palavras
sem corrente sanguínea.
desmontar os meus brinquedos,
buscando entrever
o misterioso coração da alegria.
Adulto, ainda permaneço
infantil anatomista,
tentando entender
como se oxigenam as células
das palavras
sem corrente sanguínea.
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11 comentários:
Na verdade, você RECONSTROI na sua desonstrução...e de uma forma inquietante, muitas vezes. Gosto.
Abraços,
São as mãos que "obedecem" a certos comandos que tateiam inexplicavelmente em busca da alegria ou da tristeza. Ora sanguínea, ora palidamente: permanecemos criança.
Tu, como poeta que és, tens o privilégio de dissecar belamente a palavra, evitando verborragias ou septicemias com teu bisturí poético. Mas não te iludas: não há explicação...!
beijo
[abordagem serena à nossa mais dolorosa mutação, inevitável acumular do dia]
um imenso abraço, Marcantonio
LB
Desconstrução...
Interessante demais, amigo!
Quanto significado!
Enorme abraço,
Zélia
Marcantonio, fico aqui imaginando o teu campo lexical. Deve ser todo azul, né?
Tens um modo de dizer as coisas tão tão.. companheira.
Obrigada, não me canso de vir aqui.
Te mandei um e-mail.
Recebeste?
Abraços, querido!
Jozi
O Lugar das Cores Escritas
É difícil deixarmos de ser meninos. Revendo nossa infância, pela memória, fantasias e sonhos, vemos que nela construímos muita coisa do que somos!
brilhante, brilhante, brilhante.
forte abraço.
eis o mistério milenar...
beijo, meninão!
Mudam os brinquedos, a brincadeira permanece.Fazer poesia é brincar com as palavras. E você sabe disso.
bjs
que lindo :)
Pois é, taí uma coisa que também queria entender. Nossa brinca com as palavras, Marcantonio. Muito bom! Abraços.
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