Da raiz dos cabelos
aos supercílios tensos,
nuvens cinzas,
ocupam a tua fronte.
Pesa sobre teus olhos
essa ábside nublada.
Se vens ao meu encontro,
já transtornas meu clima:
tens no rosto, sempre,
chuva iminente...
Mas nunca chove:
pois tu te recusas
a chorar.
9 comentários:
marco,
que belo retrato você fez! percebe-se a tensão, as caretas de introspecção, a densidade do rosto.
e o final fecha em foco na emoção que fica registrada no ressentimento.
você tem o dom das imagens!
um beijo.
Marco,
esta sua invenção é coisa de gênio.
Como uma mera aprendiz eu faço o esboço do rosto e fotográfo.
Esta é contida, séria, distímica;
mas chora, ou chove por dentro.
um primor esta série
grande abraço
[incisivo traço, rascunho e desenho, dentro da sombra, luzidia palavra]
um imenso abraço, Marcantonio
Leonardo B.
Chuvas iminentes, Marquinho...Um retrato familiar, embora talvez nunca visto de fato.
Azular já um vício...Belo poema.
Beijos
Que poema fabuloso,
meu irmão
...
é tudo cheio
de encantos
...
forte abraço.
esse é um rosto conhecido de um cidadão como nós - perfeito Marcoantonio! Beijos a ti
A difícil arte de retratar com palavras.
Li os seus retratos e fiquei imaginando esses rostos retratados de uma forma tão interessante.
bjs
Ah, Marcantonio, que as lágrimas represadas, quando rompem barreira, inundam tudo...
Versos maravilhosos.
Abraço, amigo!
Seus sinais de lirismo no céu precipitam a mais profunda poesia em nós. Chuva que pedimos aos deuses!
Beijo.
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