Imagem do cabeçalho: "O Grande Canal de Veneza" (detalhe) de Turner

domingo, 12 de dezembro de 2010

APONTAMENTO NA BORDA DO DIA (21)

Hoje acordei segmentado
pela saudade,
enumerando partes do que já fui.

Nem todos os domingos
tinham a mesma essência;
nem todos eram ilhas desertas.

Parecem menos nítidos
conforme recuo
às primeiras páginas do livro
que não era o mesmo que leio agora.

Domingos sem fronteiras,
reunidos num conjunto
de todos os dias úteis
para viver de brincadeiras.

5 comentários:

João A. Quadrado disse...

[dia que se confunde por não se saber primeiro ou derradeiro do livro de toda a semana]

um imenso abraço, Marcantonio

Leonardo B.

Anônimo disse...

O domingo e seu ar de faz-de-conta.

Beijo, poeta.

Cris de Souza disse...

me comovi, lembrei-me dos domingos pueris, em que assitia "os trapalhões" no colo de meu pai.

ô saudade!

beijo, meu mago.

Batom e poesias disse...

As lembranças trapaceiam, Marcantonio.
Lindo poema de saudade.

Lembrei-me dos domingos da minha infância.

Bjs
Rossana

Eleonora Marino Duarte disse...

parece que você causou em todos nós a lembrança do domingo antigo.

lindíssimo.